Pular para o conteúdo principal

SINDICATOS PREPARAM RESISTÊNCIA CONTRA A MP 873 | BC N.0 MARÇO DE 2019

SINDICATOS PREPARAM RESISTÊNCIA CONTRA A MP 873


Entidades sindicais preparam uma ofensiva para enfrentar a Medida Provisória 873, que altera artigos da CLT e do Regime Jurídico Único com o objetivo de restringir a arrecadação das entidades sindicais. A publicação ocorreu apenas nove dias após o governo apresentar sua proposta de Reforma da Previdência. As iniciativas foram debatidas numa reunião das assessorias jurídicas das entidades ligadas ao FONASEFE. O encontro contou com a participação de dirigentes de centrais sindicais, federações, confederações, sindicatos nacionais e locais.
Durante a reunião, sindicalistas e advogados reforçaram que a MP tem o objetivo de enfraquecer o movimento sindical para facilitar a aprovação da Reforma da Previdência. Avaliação que impõe ações emergenciais, principalmente junto à primeira instância do Poder JUDICIÁRIO. MEDIDAS JUNTO AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL estão sendo estudadas, assim como ações junto à Procuradoria Geral da República e ao Ministério Público do Trabalho.
As entidades também vão denunciar a Medida Provisória à Organização Internacional do Trabalho (OIT), por seu caráter antissindical. Nas análises, as entidades avaliam que estão em uma corrida contra o tempo. A MP tem validade de 60 dias, prorrogáveis por outros 60. Mesmo que ela perca sua validade, os caixas dos sindicatos serão esvaziados justamente no período em que o governo Bolsonaro buscará alterar a previdência. “O objetivo do governo é impactar na nossa capacidade de mobilização para buscar aprovar a Reforma da Previdência com mais facilidade, sem resistência”, avalia Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN.
A Medida Provisória afeta tanto o setor público quanto o privado. A MP tem que ser derrotada no seu conjunto”. Opinião semelhante tem Paulo Reis, do Sinasefe. Segundo avalia, a MP 873 tem o objetivo “categórico de esvaziar o caixa dos sindicatos”. Para ele, é preciso reafirmar a necessidade da greve geral. “Do contrário, seremos derrotados na Reforma da Previdência e, mais à frente, ficaremos sem nenhuma forma de subsistência das entidades sindicais que defendem a classe trabalhadora”, disse.
Representando a CSP-Conlutas, central sindical a qual o ANDES-SN é filiado, Saulo Arcangeli afirmou que a “MP é um duro ataque à liberdade de organização sindical”. Segundo avalia, a medida ataca diferentes formas de contribuições às entidades, inclusive as voluntárias. “Os trabalhadores têm liberdade, em assembleias e convenções, de discutir qual a forma de financiamento de sua entidade”, defende. (Do informativo on-line do Andes-SN) 

Comentários